Porque uma figura geométrica como um círculo ou um quadrado não tem significado relevente para nós?

Mas o símbolo da Nike e da Apple tem?

A verdade é que um logo não resolve problemas, mas a comunidade em volta deste logo sim.

Patrick Halon descobriu uma estrutura com 7 itens principais dentro dessas grandes empresas que faz com que elas mantenham sua comunidade engajada e até defendam a marca com unhas e dentes.

1. História de Criação.

A Apple por exemplo foi criada em uma garagem.

O fundador da Nike viajou até a Ásia para iniciar a venda de tênis, e até enganou os asiáticos inventando que ele representava a Blue Ribbon (Tradução: Laço azul. Ele inventou o nome lembrando de uma medalha que ganhou competindo, esse bicho é ligeiro viu).

Inevitavelmente isso traz uma conexão com o público:
“Se a Apple começou de uma garagem eu também consigo” – Os produtos da Apple são voltados para trabalhadores.
“O fundador da Nike já foi igual a gente” – Os produtos da Nike são voltados para ajudar atletas e simpatizantes no desempenho.

2. Ícones.

Os ícones são os detalhes da marca, todos os sentidos sensoriais dela, visão, som, cheiro, toque, gosto:

Ifood: “Ifood!”

Granado: O perfume quando entra na loja, sempre tem um cheirinho bom.

Nike: Swoosh, Atletas, Preto e Branco, Just Do It.

Apple: Maça mordida, Aparência das Lojas.

3. Rituais

Os rituais é o que sempre aparece, é rotineiro, sempre está presente.

Apple: Lançamento de produtos, aqueles grandes eventos que milhões de pessoas param para assistir o novo mesmo produto da Apple com algumas atualizações.

Nike: Campanhas inspiradoras, a Nike tem inúmeras campanhas que fazem com que seu público queira sair do sofá e ir praticar algum esporte (no meu caso era a campanha do joga bonito, no aeroporto, Ronaldo, Ronaldinho, tá maluco, era bom demais).

4. Crenças

No que a sua marca acredita? O que ela defende? Se você não tem isso claro, como as pessoas vão se conectar com seus valores?

A Apple acredita no “Think Different”. Pense diferente, seja criativo, quebre objeções e tradições, vá além.
A Nike acredita no “Just Do It”. Performance, não pense apenas faça, vá além dos seus próprios limites, quebre recordes.

Eu diria que as crenças é a etapa mais difícil na criação de uma comunidade, muitas vezes a mais menosprezada também, porém a mais forte.

As crenças são como a fundição de uma construção, se a fundição não for forte, a construção corre um grande risco de desmoronar.

5. Palavras Sagradas

Quais palavras que são muito utilizadas e únicas que identificam a sua marca?

Apple: Iphone, Apple Watch, Imac, Think Different.
Nike: Just Do It.
McDonalds: Amo muito tudo isso.
Rolex: Rolex. (Não é um relógio, é um Rolex).

Existem várias maneiras de criar essas palavras sagradas, muitas vezes é de forma orgânica, principalmente para marcas pessoais:

Faustão: Oloco Bicho.
Silvio santos: Quem quer dinheiro?

6. Descrentes

Perfeito, aqui nós conseguimos filtrar o nosso público, pessoas que não acreditam em pensar diferente ou quebrar limites.

Nós vamos “bater” nesse público mesmo, nós não queremos esse público e sinceramente? Está tudo bem, é mais importante a nossa comunidade 70% engajada do que 25% engajada.

Não podemos dar força aos descrentes, se a nossa marca ficar confusa o nosso produto vende muito menos.

7. Líder

O líder é a personificação de TODOS esses elementos, por isso a estratégia da marca tem que vir de dentro, não tem como inventar, o Branding é a tradução do seu líder.

Apple: Steve Jobs
SBT: Silvio Santos
Nubank: Cristina Junqueira

Com estes elementos estabelecidos e claros na sua marca, fica muito mais fácil criar uma comunidade em volta da sua marca, consequentemente facilita a venda uma vez que as pessoas dessa comunidade acreditam nela e a seguem.

Quer uma estratégia robusta para engajar seu público nas suas principais redes?